29 de abril de 2011

Próxima parada: Bologna



Quem aí não pensa em macarrão à bolonhesa quando se fala em Bolonha?! rs
Sim, eu também pensava, mas a verdade é que o "nosso" macarrão à bolonhesa não é tão verdadeiro assim, pois tem outro nome e é de outro jeito!

Detalhes à parte, Bolonha é uma cidade do norte da Itália, da região de Emilia-Romagna (oi?!), e possui a sexta maior igreja católica e a universidade mais antiga do mundo, e alguns dos famosos gênios italianos passaram por lá, como Dante, Copérnico e atualmente, Humberto Eco. Já deu para perceber que a cidade respira arte e cultura, não é?!

Um outro detalhe que é riquíssimo lá é a vida universitária. A cidade recebe milhares de estudantes, italianos e Erasmus, e diferentemente de Florença, Bolonha tem aquele espírito universitário conhecido no Brasil, com bixos, trotes, festas internas...realmente a noite bolonhesa é bem agitada!

Bolonha também é conhecida como a cidade das torres. No passado, existiam mais de 200 torres na cidade, construídas por famílias nobres rivais, que competiam para ver quem construía a mais alta, e assim, quem tinha mais poder. 
O que também chama a atenção na cidade são os arcos. Andar a pé em dias de chuva não deve ser um problema...rs


Torre degli Assineli 


Fontana di Nettuno (Il culo del Nettuno, ponto de encontro)

Homenagem aos mortos na 2ª Guerra 

Primavera della democrazia. Protestos contra o atual governo.

28 de abril de 2011

Passeios culturais em Florença

Quem faz turismo por aqui sabe que vai encontrar muitos museus pela frente. Tem quem goste de fazer esse tipo de turismo e tem quem prefira o turismo ao ar livre, conhecendo outras coisas das cidades. 
A Itália é o berço de muitos gênios da antiguidade e dona de um patrimônio artístico incrivel, é o grande filão pra quem gosta de arte. Em abril aconteceu a Settimana della Cultura, e por uma semana, os museus estatais estavam com as portas abertas gratuitamente. Eu aproveitei a brecha pra dar uma espiadinha...


David, escultura de Michelangelo, que está na Galleria dell'Accademia


Vista de fora da Galleria degli Uffizi

O nascimento de vênus, de Botticelli 

Primavera, de Botticelli

Os gigantes corredores da Galeria

ps: as fotos estão "meio" ruins, mas é porque teoricamente não era permitido tirar fotos, mas minha vontade de registrar o momento junto com a falta de vigilantes ... tirei o flash e fui feliz!

E outra coisa que está rolando aqui em Florença é a mostra Picasso Miró Dalí. Com obras dos três artistas, a exposição está super movimentando a cidade.
A mostra vai até julho desse ano, mas pra quem não vai ter a oportunidade de ver, mas se interessa, o site do Palazzo Strozzi disponibiliza um percurso expositivo de qualidade!

ah, e ontem fomos na Fiera Internazionale dell'artigianato. A feira aconteceu na Fortezza da Basso (um forte), e tinha stands de vendas e exposição de vários produtos do mundo, com uma ala para cada nação. Lá tinha de tudo e todos, foi incrível! A ala brasileira era representada por um pessoal do Amazonas que vendiam produtos naturais de lá. 

Infelizmente, eu sem bateria na máquina fotográfica... =(

25 de abril de 2011

Uma Páscoa diferente

Desde que cheguei, ainda na Alemanha, quando visitei aquele feira onde tinha de tudo um pouco, percebi que a tradição do ovo de chocolate, os ovos de galinha pintados, a colomba, o coelho, são todos objetos que fazem referência à Páscoa no Brasil e também são utilizados aqui. Na Itália, aquele bombardeio de vitrines maravilhosas decoradas com o tema pascoalino e os mercados oferecem N opções da tradicional colomba.
Com o convívio com os estrangeiros nas minhas aulas de italiano também vi que essa cultura se estende para outros países, com a única diferença do que se come exatamente no domingo de páscoa. No Brasil, comemos - pelo menos na minha região - a bacalhoada, e não a carne vermelha. Já por aqui, a Páscoa é o ponto de partida para voltar a comer a carne, que não se come somente na sexta-feira santa. 

Não fiz fotos do dia de Páscoa - e nem dos pratos - porque ia ser uma indelicadeza ficar parando, levantando e causando em meio a toda família, mas conto aqui como foi. 
A Páscoa foi basicamente um bombardeio de comidas. Nos sentamos à mesa às 13h30 e nos levantamos somente às 17h30 - uma loucura! Primeiro, segundo, terceiro e finalmente o último e tradicional prato de Páscoa: a ovelha. 
Não sei se eu já estava bastante satisfeita com tudo o que veio antes ou se eu fiquei é com aquela coisa na cabeça de estar comendo uma ovelha,  coisa que não tenho hábito e acho que nunca tinha feito antes, mas não gostei muito não. 
E depois de ter comido tanta coisa naquele dia, fui para casa e encontrei com o sofá, que me chamava...zzZZZZZzzz


Vitrine em Florença

Guirlanda de ovos de galinha 

17 de abril de 2011

Pollignano al Mare

Localizada no mar Adriático pugliese, Polignano al mare é uma cidade onde não se enumera monumentos, pontos turísticos ou lugares famosos. É uma cidade assim, simples, com um centro histórico lindo, uma costa rochosa impressionante, e grutas de dar medo à qualquer claustrofóbico! rs
Ah, e para se ter uma ideia do quão alto é esse paredão que "sustenta" a cidade, é aí que a Red Bull realiza aqueles campeonatos de saltos ornamentais. Que medo!







13 de abril de 2011

5 Terre

Antes de ir pro sul passar a Páscoa, fui conhecer Liguria, uma região no norte da Itália que ainda não conhecia.
5 Terre é uma área formada por 5 povoados, que hoje são Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A região é toda cortada por um paredão rochoso logo ao lado do mar, e assim, a melhor forma de chegar aí é de trem, para depois fazer o passeio a pé.
O mais gracioso são as estruturas das casas, que são todas no morro, e o mais bonito é que cada uma é pintada com uma cor vibrante diferente, o que dá o charme à região.









O passeio mais tradicional é o percurso da Via dell'amore, que liga duas das "aldeias" que formam 5 Terre. Como quase em toda Itália, estão espalhados  todos os cadeados apaixonados do mundo todo, além de pedras com frases, bancos, chão...tudo com doces declarações de amor. 
E de fato é um lugar lindo que traz paz, tranquilidade e um horizonte incrível.






7 de abril de 2011

É Primavera

Um detalhe que eu nunca tinha parado para pensar antes de viajar para o exterior é a importância da mudança das estações, talvez pelo fato de que no Brasil - onde moro pelo menos! - é sempre calor e por isso não é possível saber quando mudam as estações só de olhar na natureza. Fui perceber em Sevilla quando começou a primavera e do nada as flores começaram a sair exatamente na data certa, no primeiro dia de primavera...é incrível...até o cheiro da cidade muda! (Ah, e é a época em que se encontra maior quantidade de alérgicos e pessoas com os lencinhos em mãos por causa do pólen, pode acreditar?!) rs

Pois é, e aqui na Itália não é diferente. Os italianos esperam ansiosamente pelo mês de março. A temperatura aumenta, e ainda que esteja bastante frio (para mim!), não tem nem comparação com o que era antes. É uma época linda - e estilosa! - porque temos que vestir roupas de frio (mas não pesadas), e ao mesmo tempo cai super bem o óculos de sol! 
O mais divertido é encontrar por aí turistas que vem do norte e leste europeu. Eles vem para países como Portugal, Espanha e Itália no mês de abril e pensam que já é um super verão - afinal, para eles a primavera daqui é o verão de lá! 
A primavera é exatamente o tempo que eu gosto, não faz aquele frio irritante, mas também não faz aquele calor de não saber em que posição dormir...mas, o que eu levo disso tudo é que não tem nada melhor que passar pelo frio, para desfrutar do calor. E vice-versa.
Fotinhas da querida primavera...




Domingo no parque  
Magda e Ciotollo no parque 



Quem também escreveu e fotografou os dias de primavera na Itália, mais especificamente em Florença, foi a Consuelo Blocker e a galera do Brasil na Itália

3 de abril de 2011

São Paulo - Munique

                                           Voltando a voar - Parte II                          

A viagem foi programada, mas feita completamente de última hora, com bilhetes comprados duas semanas antes de embarcar e cá estou!
A minha conexão de voo foi em Munique, Alemanha, e dando aquela pesquisada e fuçando um pouquinho, pude descer e ficar na cidade por um tempo. E como eu ainda não conhecia aquele país, acertei em cheio na escolha da conexão!

Eu já ouvia falar muito de Munique durante meu intercâmbio - porque morei com 2 alemães - e já tinha uma opinião definida sobre costumes, maneiras e afins sobre eles devido à convivência diária. E confesso que depois da viagem, as impressões que eu tinha se confirmaram e aumentaram a moral deles comigo!
As primeiras impressões - e que predominaram - sobre a Alemanha são ótimas. Já saindo do aeroporto e respirando um pouco a cidade, dá pra perceber um pouco que é tudo lindo e funcionando bem!
Munique é o típico estereótipo de Europa para um brasileiro que não viaja pra cá. É tudo organizadíssimo, tudo limpo, funcionando, muitos carros de luxo, muita gente bonita. Apesar de eu adorar as pequenas e tradicionais cidades, Munique me deixou fascinada, afinal, quem não gosta de estar em um lugar lindo, sem se deparar a cada minuto com gente pedindo coisas, mexendo com as pessoas na rua...qualquer pessoa se sentiria bem naquele lugar.

Pela cidade dá pra notar a forte tradição da Bavária. Bem no centro da cidade, visitei uma feira com barracas que vendiam de tudo um pouco (flores, comida, antiguidades, souvenirs...) e havia uma praça de alimentação ao ar livre em que todos estavam bebendo cerveja (AQUELE copo de cerveja!) e alguns levavam até o chapéu típico da tradicional festa que todo mundo já ouviu falar. Outro detalhe são as vitrines (uma coisa que reparo muito em viagens e que diz muito sobre a cidade) que, enquanto em Sevilla se encontra várias vitrines com trajes e acessórios de flamenco, em Munique tem os trajes típicos da festa bavariana.

Infelizmente as recordações da Alemanha ficarão só na minha cabeça mesmo...eu estava sem máquina fotográfica =( (que morreu no mar Mediterrâneo em uma outra viagem!) e a compra de uma nova ficou para depois. Além das recordações que ficam, eu trouxe de lá um copinho de chupito para a coleção lá de casa, uma bolsa de feira reciclável, bolachas de cerveja, e uma pedra que "peguei" em cima de um monumento dedicado aos estudantes mortos em protesto contra o Hitler.
A pedra era pequena, pintada de uma maneira estranha e com uma frase atrás - que nem eu, nem o Google sabemos o que significa - e enfim, achei a pedra por ali e penso de verdade que alguém deixou de propósito para que outra pessoa pegasse (como aqueles esquemas que fazem com livros!) e eu, para seguir o rito, desenhei e escrevi em português em uma outra pedra e deixei ali no lugar onde peguei a minha.


É, cada louco com a sua loucura...